A gestão eficaz de equipes é um elemento essencial para o sucesso organizacional. No entanto, determinadas práticas podem comprometer a coesão, a participação e a motivação dos colaboradores, resultando em impactos negativos na produtividade e no clima organizacional. Este artigo apresenta 10 práticas que devem ser evitadas pelos gestores para uma gestão inteligente e produtiva:
1. Comunicação Ineficiente e Falta de Transparência
A comunicação organizacional deve ser clara e acessível a todos os membros da equipe. Robbins & Judge (2019) destacam que uma comunicação transparente fortalece a confiança e evita ruídos que comprometem a colaboração. A ausência de diálogo aberto pode gerar insegurança e desengajamento dos colaboradores.
2. Ausência de Feedback
O feedback contínuo é fundamental para o desenvolvimento profissional. De acordo com London (2015), um sistema de feedback eficaz melhora o desempenho e promove ajustes necessários nas ações individuais e coletivas.
3. Microgerenciamento Excessivo
A falta de autonomia no desempenho das funções, afeta a satisfação e criatividade dos colaboradores. Conforme relatado por Pink (2009), a autonomia é um dos principais fatores motivacionais. O excesso de supervisão pode gerar estresse e minar a confiança no ambiente de trabalho.
4. Deficiência na Aplicação da Inteligência Emocional
A inteligência emocional é essencial para a gestão de equipes, pois influencia diretamente na resolução de conflitos e na motivação dos profissionais. Segundo Goleman (1995), líderes emocionalmente inteligentes estabelecem relações mais produtivas e saudáveis. Ignorar aspectos emocionais pode comprometer a interação entre os membros da equipe.
5. Falta de Reconhecimento e Valorização
O reconhecimento profissional é um fator essencial para o engajamento dos colaboradores. Segundo Deci & Ryan (2000), a valorização do esforço contribui para a motivação intrínseca e retenção de talentos. A ausência de reconhecimento pode desestimular e reduzir o comprometimento dos funcionários com a organização.
6. Promoção de um Ambiente de Trabalho Hostil
A liderança autoritária e a falta de respeito reduzem a satisfação no ambiente organizacional. Conforme Schein (2013), um clima organizacional positivo impacta diretamente na produtividade e retenção de talentos. Ambientes hostis comprometem o desempenho e dificultam a colaboração.
7. Falta de Oportunidades de Crescimento
A ausência de investimentos em capacitação e desenvolvimento profissional pode levar à desmotivação e à estagnação dos colaboradores. Chiavenato (2014) afirma que a aprendizagem contínua é determinante para o engajamento e retenção de talentos. A estagnação profissional pode resultar em perda de produtividade, falta de pertencimento e aumento da rotatividade.
8. Desconsideração da Diversidade e Inclusão
A diversidade organizacional impacta diretamente na criatividade e inovação das equipes. Conforme Cox (2001), ambientes diversos são mais produtivos e promovem inovação. Ignorar a inclusão inclusive de pensamento, pode comprometer a integração dos colaboradores e reduzir a satisfação no trabalho.
9. Sobrecarga e Falta de Equilíbrio
A carga de trabalho excessiva pode gerar esgotamento e comprometer a saúde mental dos profissionais. Segundo Maslach & Leiter (2016), o Burnout está relacionado à sobrecarga e à pressão no ambiente corporativo. A sobrecarga de trabalho afeta a qualidade da entrega e gera altos índices de estresse.
10. Resistência à Inovação e Mudança
A adaptação a novas abordagens é crucial para a competitividade organizacional. Kotter (1996) destaca que a resistência à mudança pode comprometer o desenvolvimento empresarial. A inovação deve ser incentivada para garantir que as equipes se mantenham produtivas e preparadas para desafios futuros.
Em suma, acredita-se que a gestão eficaz de equipes exige planejamento, estratégia e sensibilidade para atender às necessidades dos colaboradores, alinhados ao propósito da organização. A adoção de práticas inadequadas pode comprometer significativamente o engajamento e a coesão do grupo. Para garantir um ambiente participativo e motivador, é fundamental investir na comunicação transparente, no reconhecimento profissional, na valorização da diversidade e do pensamento e na promoção de um clima organizacional positivo.
Referências pesquisadas
BROWN, B. A coragem de ser imperfeito: Como a vulnerabilidade transforma o modo como vivemos, amamos, educamos e lideramos. São Paulo: Sextante, 2018.
BROWNELL, J. Escuta ativa: Atitudes, princípios e habilidades. Boston: Pearson, 2012.
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
COX, T. Criando uma organização multicultural: Estratégias para capturar o poder da diversidade. San Francisco: Jossey-Bass, 2001.
DECI, E. L.; RYAN, R. M. Teoria da autodeterminação: Necessidades psicológicas básicas na motivação, desenvolvimento e bem-estar. Nova York: Guilford Publications, 2000.
GOLEMAN, D. Inteligência emocional: Por que ela pode importar mais do que o QI. Rio de Janeiro: Objetiva, 1996.
KOTTER, J. P. Liderando mudanças. Boston: Harvard Business Review Press, 1996.
LONDON, M. Liderança e desenvolvimento organizacional. Nova York: Routledge, 2015.
MASLACH, C.; LEITER, M. P. A verdade sobre o burnout: Como as organizações causam estresse pessoal e o que fazer sobre isso. San Francisco: Jossey-Bass, 2016.
MAYER, R. C.; DAVIS, J. H.; SCHOORMAN, F. D. Um modelo integrador da confiança organizacional. Academy of Management Review, v. 20, n. 3, p. 709-734, 1995.
MURPHY, M. L. Estratégias eficazes de feedback no ambiente de trabalho. Londres: Palgrave Macmillan, 2019.
PINK, D. Motivação 3.0: A nova ciência para impulsionar conquistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
ROSENBERG, M. Comunicação não violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Editora Ágora, 2003.
SCHEIN, E. H. Cultura organizacional e liderança. 4. ed. São Francisco: Jossey-Bass, 2013.
ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A. Comportamento organizacional. 18. ed. Upper Saddle River: Pearson, 2019.
J. Ferreira
Mestre em Coaching, Gestão Emocional e Mindfulness, Especialista em Psicologia Positiva e Coaching e Cientista da Felicidade.
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ResponderExcluirParabéns José, você é muito assertivo nas suas publicações. Resultado de quem realmente sabe o que é ser um lider. Que você continue sendo agente de transformação. Parabéns e sucesso 🙏🏾
ResponderExcluirGratidão Aninha! A experiência e o conhecimento juntos nos preparam para melhores entregas!!!
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